sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aprendendo a pedir


Aprendendo a pedir

Mateus 6.11

Introdução

Desde criança aprendemos um cântico “leia a Bíblia e faça oração, se quiser crescer”. Simples e verdadeiro.
Os três primeiros pedidos de oração que estudamos na semana passada são feitos por nós a respeito de Deus (“santificado seja o teu nome, venha o teu reino e seja feita a tua vontade”). Vamos iniciar um bloco de pedidos feitos por nós a nosso respeito. Meditaremos sobre três princípios desse primeiro pedido “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (v.11):

1.    O princípio da moderação e do equilíbrio – (o pão) Jesus ensina a pedir pelo pão. Todos nós temos necessidades materiais para nossa sobrevivência e sustento. Ele incentiva que apresentemos diante de Deus essas petições.
Deus sempre manifestou seu cuidado com a alimentação do seu povo ao longo da história bíblica. Veja alguns exemplos:
  • Nos dias de José, Deus orientou sobre guardarem o alimento para os anos de escassez (Gênesis 41.33-36, 49)
  • Nos dias do êxodo do Egito, Deus enviava o maná diário (Êxodo 16.4 e 8)
  • Nos dias de Rute Deus enviava o alimento (Rute 1.6)
  • Nos dias de Jesus, multiplicou os pães duas vezes (Marcos 6.35-44; 8.6-10)
  • Nos dias de Paulo a provisão vem acompanhada pelo “trabalho tranqüilo” (1 Tessalonicenses 4.11 e 2 Tessalonicenses 3.11,12)

Contudo, devemos pedir o que é essencial (pão) e não coisas supérfluas. Isso implica que nossas solicitações precisam estar voltadas a nossas necessidades e não a meros desejos e caprichos. É claro que em uma sociedade de consumo, muitas vezes os desejos ganham a força das necessidades. Precisamos discernir do que podemos abrir mão para viver.
A crise mundial que vivemos nos dias de hoje nasceu com o excesso de gastos supérfluos. Emprestaram o dinheiro que não tinham para gastar com o que não precisavam.
Exemplo do monastério: Chega um convidado a passar uns dias em oração no monastério. Ao ser amorosamente recebido, é encaminhado para sua simples acomodação. Neste momento o monge fala com ele: ‘faça-me saber se estiver faltando alguma coisa, pois ensinarei você a viver sem isso’.
Agur fez a seguinte oração: “não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus“ (Provérbios 30.8b, 9).

2.    O princípio da confiança e dependência – (de cada dia dá-nos hoje) Jesus ensina a pedir para o dia de hoje. Com isso Jesus não está condenando a atitude de sermos precavidos e fazermos provisão para o futuro, até porque muitos são os textos que nos orientam nesta direção (Gênesis 41.33-36; Provérbios 6.6-8).
Sua exortação é que não sejamos ansiosos pelo futuro, como que se o Pai Celeste não existisse ou não estivesse se importando (Mateus 6.25-32). Pedir pão não é incomodar a Deus, não é algo minúsculo, mas é um reconhecimento da dependência de Deus para todas as coisas. Quando compartilho com Deus o meu pedido, isso tira de mim a ansiedade, pois estou repartindo com Deus o meu problema. Jesus fala para fazermos isso, mostra a maneira como o Pai quer se relacionar conosco.
Lemos em Gênesis 3.8 que Deus andava no jardim e tinha conversas com Adão e Eva. Mas naquele dia, ao perceberem que o Pai chegava - pois reconheciam sua voz, seus passos, seus sons - eles se esconderam. Em certo sentido, o pecado é a tentativa de viver a vida buscando a autonomia, a não dependência de Deus.
Segundo Filipenses 4.6-7 e 19, o antídoto da ansiedade é a petição de todas as nossas necessidades. Definitivamente só aprendemos a descansar quando nosso coração é invadido pela confiança e dependência de Deus em todas as coisas.
3.    O princípio da sensibilidade e generosidade – (nosso) Jesus ensina a pedir para a coletividade: “dá-nos” e não “dá-me”. Nossa oração não deve estar voltada somente às nossas necessidades.
Estamos ligados em uma comunidade com muitas pessoas que preciso me importar e me interessar. Minha sensibilidade ao outro me levará à oração. Minha generosidade me levará à colaboração. O fato é que a oração aponta para a realidade que precisamos uns dos outros.
Nosso firme propósito de vivermos a realidade dos pequenos grupos (células) é para ampliar nosso comprometimento uns com os outros.
No mesmo espírito do apóstolo Paulo, “enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gálatas 6.10).

Conclusão

Pedir pão a Deus é nobre sinal de fé, mas mendigar pão ao próximo é humilhante.
Nas palavras do salmista, “fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Salmos 37.25).
Vamos crescer nesta oração!

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